O Athletico saiu na frente do Grêmio e esboçou uma reação, mas voltou a falhar atrás, tomou dois gols bobos e perdeu – de novo – na Arena da Baixada. Na 18ª posição, o Furacão tem só 16 pontos. Ou seja, precisa vencer 10 dos 21 jogos restantes para não cair para a Série B.
Depois de poupar jogadores na Libertadores (quando perdeu o jogo contra o Peñarol e a liderança do grupo), o Furacão até saiu na frente com um golaço de Carlos Eduardo, mas cometeu duas falhas bobas e tomou uma virada dura, mas justa pelo que o time (não) produziu .
Sem velocidade e sem criatividade, o Athletico finalizou apenas cinco vezes nos mais de 90 minutos: duas vezes com Renato Kayzer, outras duas com Thiago Heleno e o gol de Carlos Eduardo. O Grêmio, mesmo cheio de reservas, finalizou oito vezes.
Com a derrota de domingo, o Athletico completou um mês sem vencer. O Furacão ganhou pela última vez ao fazer 1 a 0 sobre o Bahia ainda em 26 de setembro. De lá para cá, já são oito jogos de jejum (contando também a Libertadores), com três empates e cinco derrotas.
Os números como mandante também ligam o sinal de alerta. O Athletico mais perdeu do que venceu na Baixada. São três vitórias, três empates e quatro derrotas em 10 jogos. É o quarto pior aproveitamento entre os 20 times, justamente onde o Furacão costumava ser forte.
O que mais preocupa o Athletico é que, hoje, o time não tem nenhum ponto forte. Não tem uma ideia clara (fica com a bola, mas não sabe o que fazer com ela), não tem segurança na defesa, não tem criatividade nem velocidade no meio-campo e não tem eficiência na frente.
Até jogadores que costumam ser a referência do time, como o goleiro Santos e o zagueiro Thiago Heleno, não vivem grande momento. E outros, que eram esperança de uma fase melhor, como o meia Jorginho e o atacante Renato Kayzer (contratados do Atlético-GO), não têm rendido.
Nikão é a principal arma ofensiva do Athletico, mas ele nitidamente ainda não está 100% após voltar de lesão. E, com os companheiros em baixa, o camisa 11 fica sobrecarregado e não consegue render o que pode. Contra o Grêmio, Nikão não finalizou nenhuma vez a gol.
Para piorar, o Athletico parece não ter uma carta na manga. Alvarado, Ravanelli e Walter talvez até possam ganhar espaço, mas não dá para acreditar que eles vão mudar o cenário e recuperar o bom futebol do time. Paulo Autuori terá muito trabalho nos próximos dias.
A sequência do Athletico também não é nada confortável. O calendário reserva jogos contra Flamengo (Copa do Brasil), Sport, Flamengo (Copa do Brasil), Fortaleza, Goiás, Santos e River Plate (Libertadores). Hoje, o Furacão não é favorito contra nenhum desses times.
O Athletico vai tentar buscar a reação, portanto, na partida contra o Flamengo. O jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil está marcado para quarta-feira, às 21h30, na Arena da Baixada. O jogo seguinte, contra o Sport, será no domingo, às 16h, na Ilha do Retiro.
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