Copa do Mundo Feminina
Espanha vence Inglaterra e é campeã da Copa do Mundo Feminina pela 1ª vez
Para entrar nos livros de história! Em 2023, a Espanha se tornou campeã da Copa do Mundo Feminina da FIFA™ pela primeira vez. A seleção conhecida como La Roja venceu a Inglaterra neste domingo (20 de agosto) por 1 a 0 e teve a honra de levantar o troféu da competição em Sydney, na Austrália.
O título comprova a hegemonia recente da Espanha em diferentes categorias do futebol feminino: a seleção é a atual campeã da Copa do Mundo no sub-17 e no sub-20, além do fato de que o Barcelona – base desta equipe espanhola – conquistou a Liga dos Campeões Feminina da UEFA nas temporadas 2020/2021 e 2022/2023.
Do outro lado, o gosto agridoce de orgulho e tristeza marcará como jogadoras da Inglaterra e a técnica holandesa Sarina Wiegman, que é vice-campeã da Copa do Mundo Feminina pela segunda vez consecutiva . Há quatro anos, em 2019, o treinadora já havia perdido a final no comando da Holanda , diante dos Estados Unidos.
E foi com um jogaço!
Os dois tempos trabalham bem a bola, cada um à sua maneira. A Espanha, por exemplo, segue bem a escola de futebol do país e troca passes com qualidade, em estilo tão vertical (ou mais) quanto o da seleção masculina que foi campeã do mundo em 2010.
A Inglaterra costuma ser eficiente ao seguir em blocos, mas seu jogo depende muito dos erros do adversário. O problema é que isso pouco ocorreu nesta final, e as inglesas ainda esbarraram na boa atuação da goleira Cata Coll.
Quando conseguiu finalizar de maneira quase indefensável para a arqueira espanhola, a Inglaterra teve azar e carimbou o travessão. Para piorar, a marcação da Espanha pressionou no campo de ataque e forçou as Leoas a tentarem ligações diretas – não é o forte de um tempo que costuma fazer a bola passar pelos meio-campistas.
Também havia um grande goleira com a camisa da Inglaterra, mas Mary Earps, que já havia defendido um chute perigoso de Redondo, não conseguiu impedir o gol da Espanha aos 29 minutos. Com a intensidade habitual da La Roja , Mariona Caldentey avançou e tocou para Olga Carmona, que chutou cruzado e rasteiro para marcar, num contragolpe fulminante – justamente uma das principais armas da Inglaterra.
A manifestação de Carmona deixou torcedores do mundo todo intrigados: ela ergueu a camisa da Espanha e mostrou que sua blusa de baixo tinha a palavra “Merchi”, uma homenagem à mãe falecida de uma amiga da jogadora.
E quase houve outra celebração espanhola ainda no primeiro tempo, quando Salma Paralluelo (que estava acostumada a entrar na reta final dos jogos e fazer gols decisivos, mas desta vez foi titular) finalizou com categoria. Mary Earps saltou bem e contorno com uma ajuda providencial de trave à sua esquerda.
Uma sobre esta edição da Copa do Mundo Feminina é o número record de pênaltis assinalados pela arbitragem: foram 27, superando os 26 apitados em 2019. A final seguiu a tendência do restante do torneio e entrou para a estatística.
Afinal, o árbitro foi ao monitor do VAR e constatou toque de mão de Keira Walsh dentro da área. Jenni Hermoso teve em seus pés a chance de ouro de ampliar a vantagem da Espanha e diminuir o sufoco diante das inglesas, mas Mary Earps, gigante, impediu o gol.
Porém, nem a poderosa goleira inglesa, nem a pressão da Inglaterra nos minutos finais conseguiram impedir a Espanha de se tornar campeã da Copa do Mundo Feminina da FIFA pela primeira vez.
Com o título, a Espanha se tornou a segunda seleção da história a vencer a Copa do Mundo da FIFA nas versões masculina e feminina (2010 e 2023, respectivamente). A primeira conquista foi feita na Alemanha, que é tetracampeã no masculino (1954, 1974, 1990 e 2014) e bicampeã no feminino (2003 e 2007).
Melhor jogadora da partida
Olga Carmona (Espanha)
Copa do Mundo Feminina
A Copa do Mundo Feminina 2023 terá campeã inédita; conheçam como ficaram
Já é certo que a Copa do Mundo Feminina da FIFA 2023™ terá uma campeã inédita. Todas as chegaram que conquistaram o torneio anterior já foram eliminadas na atual edição: Alemanha caiu ainda na fase de grupos, Estados Unidos e Noruega se despediram nas oitavas, e o Japão deixou a competição nas quartas. Ou seja, um novo país ficará no topo do futebol feminino na Austrália & Nova Zelândia.
Conheça abaixo os cinco times que ainda estão vivos.
Espanha – semifinal
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6ª posição no Ranking Mundial da FIFA/Coca-Cola
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3 Copas disputadas (2015, 2019 e 2023)
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Melhor campanha na história da Copa: 2023 (em andamento)
Trajetória em 2023:
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Espanha 3 x 0 Costa Rica (Grupo C)
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Espanha 5 x 0 Zâmbia (Grupo C)
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Japão 4 x 0 Espanha (Grupo C)
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Suíca 1 x 5 Espanha (oitavas)
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Espanha 2 x 1 Holanda (quartas)
A Espanha surgiu como potência emergente no futebol feminino nos últimos anos. Embora nunca tenha se classificado para disputar os Jogos Olímpicos, a seleção principal está em sua terceira disputa da Copa do Mundo da FIFA (a primeira participação foi em 2015) e já comemorou o título mundial sub-20 em 2022.
Na categoria principal, ainda falta o troféu – esta é a primeira vez que a Espanha chega à semifinal. Porém, apesar de ainda não ter sido campeã, engana-se quem pensa que a equipe espanhola não é estrelada.
O elenco tem Alexia Putellas, atual melhor jogadora do mundo (prêmio The Best em 2022 e 2023); Aitana Bonmatí, a melhor da UEFA Champions League 2022-23; Irene Paredes, defensora premiada na mesma edição da Champions; e Jenni Hermoso, estrela do Campeonato Mexicano que já soma três gols nesta Copa.
Suécia – semifinal
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3ª posição no Ranking Mundial da FIFA/Coca-Cola
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9 Copas disputadas (1991, 1995, 1999, 2003, 2007, 2011, 2015, 2019 e 2023)
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Melhor campanha na história da Copa: 2003 (vice-campeã)
Trajetória em 2023:
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Suécia 2 x 1 África do Sul (Grupo G)
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Suécia 5 x 0 Itália (Grupo G)
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Argentina 0 x 2 Suécia (Grupo G)
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Suécia 0 (5) x (4) 0 Estados Unidos (oitavas)
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Japão 1 x 2 Suécia (quartas)
Das seis permaneceram na disputa, a Suécia é, sem dúvidas, a mais tradicional. O time europeu já chegou ao pódio três vezes; foi vice-campeão em 2003, quando acabou derrotado pela Alemanha na final, e ficou em terceiro lugar duas vezes, em 1991 (com a então jogadora Pia Sundhage, hoje treinadora do Brasil) e 2011.
A história da Suécia com a Copa do Mundo Feminina da FIFA é antiga: o país já foi sede da competição na segunda edição, em 1995. A curiosidade é que naquele ano a equipe caiu já nas quartas de final após derrota nos pênaltis para a China – mais uma prova da “maldição” que costuma frustrar as matrizes anfitriãs do torneio.
O caminho das suecas em 2023 tem sido brilhante. Elas se classificaram na primeira posição do Grupo G e, no mata-mata, já eliminaram como bandeiras campeãs dos Estados Unidos e do Japão. Um eventual título coroaria uma campanha digna de derrubar gigantes.
Austrália – semifinal
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10ª posição no Ranking Mundial da FIFA/Coca-Cola
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8 Copas disputadas (1995, 1999, 2003, 2007, 2011, 2015, 2019 e 2023)
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Melhor campanha na história da Copa: 2023 (semifinal)
Trajetória em 2023:
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Austrália 1 x 0 Irlanda (Grupo B)
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Austrália 2 x 3 Nigéria (Grupo B)
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Canadá 0 x 4 Austrália (Grupo B)
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Austrália 2 x 0 Dinamarca (oitavas)
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Austrália 0 (7) x (6) 0 França (quartas, 12 de agosto)
Com da primeira em 1991, a Austrália participou de todas as outras edições da Copa do Mundo exceção Feminina da FIFA. As Matildas , como são conhecidas, têm hoje alguns dos principais craques do planeta e o apoio de uma 12ª jogadora fundamental durante as partidas: a torcida. Afinal, a Austrália é coanfitriã em 2023.
Sam Kerr é a grande estrela do elenco atual e é capaz de arrastar a mudança de meninas que sonham em ser como ela. No entanto, este não é um tempo que sofre de Kerr-dependência, já que o atleta voltou de lesão recentemente e viu suas companheiras vencerem sem sua ajuda até agora – na vitória sobre a Dinamarca, nas oitavas, ela só entrou no finalzinho.
Ao derrotar a França nas quartas, a Austrália já conseguiu melhor resultado na história da Copa do Mundo Feminina. Até entã o, a seleção colecionava quatro participações nas quartas de final (2007, 2011, 2015 e 2023).
Inglaterra – quartas de final
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4ª posição no Ranking Mundial da FIFA/Coca-Cola
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6 Copas disputadas (1995, 2007, 2011, 2015, 2019 e 2023)
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Melhor campanha na história da Copa: 2015 (terceiro lugar)
Trajetória em 2023:
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Inglaterra 1 x 0 Haiti (Grupo D)
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Inglaterra 1 x 0 Dinamarca (Grupo D)
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China 1 x 6 Inglaterra (Grupo D)
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Inglaterra 0 (4) x (2) 0 Nigéria (oitavas)
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Inglaterra x Colômbia (quartas, 12 de agosto)
A Inglaterra é a atual campeã do Euro Feminina e conta com um paredão no gol, Mary Earps, uma das melhores goleiras do mundo. O interessante é que a equipe venceu a Nigéria nos pênaltis, nas oitavas, e nem precisou que Earps defendesse as cobranças (talvez sua mera presença tenha intimidado as duas batedoras que chutaram para fora).
Se dizem que a derrota ensina, a seleção inglesa já aprendeu o suficiente com a queda na semifinal de 2015. Agora, quer vencer o torneio e colocar uma medalha de ouro ao lado da de bronze que conquistou naquele ano, mas, antes, será preciso passar pela Colômbia.
O problema será fazer isso sem Lauren James, principal jogadora inglesa que foi suspensa por duas partidas (a começar por esta) por ter sido expulsa no jogo contra a Nigéria – ela pisou nas costas de Michelle Alozie quando a adversária já estava no chão. Pelo menos, Lucy Bronze deve estar em campo para fortalecer a equipe.
Colômbia – quartas de final
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25ª posição no Ranking Mundial da FIFA/Coca-Cola
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3 Copas disputadas (2011, 2015 e 2023)
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Melhor campanha na história da Copa: 2023 (em andamento)
Trajetória em 2023:
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Colômbia 2 x 0 Coreia do Sul (Grupo H)
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Alemanha 1 x 2 Colômbia (Grupo H)
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Marrocos 1 x 0 Colômbia (Grupo H)
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Colômbia 1 x 0 Jamaica (oitavas)
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Inglaterra x Colômbia (quartas, 12 de agosto)
A única seleção que continua representando as Américas na Copa do Mundo 2023 não é a dos Estados Unidos, tetracampeã; seguido é a do Brasil, que sempre encantou o mundo com jogadas artísticas; nem mesmo é o Canadá, da veterana Christine Sinclair. É a fenomenal Colômbia, que foi capaz de vencer mesmo a campeã Alemanha.
De fenômeno, esta seleção entende (e talvez tenha o maior deles). A atacante Linda Caicedo, do Real Madrid, tem apenas 18 anos e um catálogo de dribles desconcertantes. Não é por acaso que “Linda” é seu nome e “Alegría” é seu sobrenome, já que seu futebol adquiriu alguns dos lances mais bonitos da Copa até aqui.
Com ela entre as principais goleadoras, a Colômbia foi vice-campeã da Copa do Mundo Feminina Sub-17 no ano passado. Daqui para frente, não importa o que aconteceu, a seleção sul-americana sabe que já fez história: antes de 2023, o melhor resultado na categoria principal da Copa do Mundo Feminina tinha sido a disputa das oitavas em 2015.
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